Propriedades de Compósitos com Fibras Vegetais

Pesquisadores brasileiros estão procurando alternativas sustentáveis para materiais de construção. Aqui você encontrará algumas das propriedades de compósitos feitos com fibras vegetais com potencial para uso na construção civil.

Atualizado em 28 de fevereiro de 2019

Propriedades de Compósitos com Fibras Vegetais

O uso de fibras vegetais como reforço em materiais de construção permite a realização de obras civis que sejam sustentáveis. Assim, conhecer as propriedades de compósitos com fibras vegetais é de suma importância. Além do mais, a interface fibra/matriz dos compósitos tem um papel chave em determinadas aplicações. Uma boa adesão entre a fibra e a matriz associada ao uso de fibras hidrofílicas são características desejáveis e que podem ser obtidas modificando a superfície das fibras.

Propriedades Mecânicas, Acústicas e Térmicas

Os requisitos de propriedades mecânicas, acústicas e térmicas para compósitos mudam de acordo com a aplicação.

Bruno Rosa, sob a orientação dos professores Newton Dias Filho e Fernando Barbosa Montanare da Universidade Estadual Paulista (UNESP) estudaram as propriedades mecânicas e térmicas de fibras de buriti (8) (cuja palmeira é encontrada em várias regiões do Brasil). Devido à sua alta resistência mecânica e baixo custo de produção, a fibra de buriti pode ser usada no lugar da fibra de vidro na construção civil e na indústria automobilística.

A absorção acústica de painéis reforçados com fibras de pseudocaule de bananeira foi estudada por Carlos Alberto Demarchi em sua tese de mestrado, a qual foi orientada pelo professor Gioson Morales (Universidade Estadual de Londrina – UEL) (4). Essas propriedades também têm sido estudadas para outros tipos de fibra, tais como fibras de eucalipto (2) (estudo de Correia, Santos e Savastano), coco (3) (estudo de Paulo Cunha orientado pelos professores Uilame Umbelino Gomes e Rasiah Ladchumananandasivam), sisal (5) (Indara Izquierdo, sob a orientação do professor Marcio Antonio Ramalho), etc.

Modificação da superfície de diferentes fibras vegetais

Gustavo Tonoli (Universidade Federal de Lavras - UFLA) sob a orientação de Francisco Antonio Rocco Lahr (Universidade de São Paulo - USP) modificou a superfície de fibras de eucalipto para uso em fibrocimentos para o trabalho de sua tese de doutorado (9, 10).

Cleidiene S. Miranda , Ricardo F. Carvalho e Nadia M. José da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Raigenis P. Fiuza do Instituto Federal da Bahia (IFBA) estudaram o modo como quatro tratamentos diferentes aplicados à superfície de resíduos de fibra de piaçava – provenientes da indústria de vassouras – afetaram as propriedades das fibras (7).

As pesquisadoras Juliana S. Marcon, Daniella R. Mulinari, Maria Odila H. Cioffi, and Herman J. C. Voorwald (Universidade Estadual de São Paulo - UNESP) analisaram o efeito da modificação da superfície das fibras da coroa do abacaxi visando a sua utilização como reforço em uma matriz polimérica (6).

Outros estudos, como o do grupo de pesquisa do professor Julio Cesar Moreira (Universidade do Vale do Paraiba - UNIVAP), focaram nas propriedades mecânicas de fibras tratadas de bananeira para produzir compósitos de gesso para uso na construção civil (1).

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